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  Referências Bibliográficas • Agradecimentos

 

 

Projeto Principal

Projeto Principal: Centro de Documentação em Historiografia Linguística (Edital MCT/CNPq 02/2006-Universal – Processo 4775-49/2006-3)

 

    O Documenta decorre de um conjunto de atividades desenvolvidas no Centro de Documentação em Historiografia Linguística (CEDOCH - DL/USP) em torno do tema Historiografia da Linguística Brasileira. Em linhas gerais, essas atividades se pautam a partir de dois grandes objetivos: um, de natureza teórica, e outro, prática.

    De um lado, trata-se de descrever certos mecanismos e processos que têm caracterizado a produção do conhecimento linguístico no contexto brasileiro, tanto daquele que contemporaneamente assumiu a designação ciência linguística, quanto daquele que assumiu, em outros períodos, outras formas e outras designações. Desta perspectiva, têm sido nossos objetivos gerais:

a) a retomada da questão da emergência da disciplina Linguística e suas relações com outras ciências;
b) a caracterização das metalinguagens;
c) o estabelecimento/ recorrência de ‘novos’ problemas, dos referenciais teóricos em evidência, dos materiais privilegiados;
d) o estudo da questão das esferas de influência e da originalidade e especificidade da produção linguística brasileira;
e) a proposição de uma periodização para os estudos linguísticos no Brasil do séc. XVI ao XX.

De outro lado, trata-se de, paralelamente, criar condições para o desenvolvimento de uma linha de pesquisa acadêmica. Deste ponto de vista, têm sido nossos principais objetivos:

a) a formação básica e avançada de pesquisadores em Historiografia Linguística;
b) a criação de um centro de documentação (CEDOCH);
c) a produção de material bio-bibliográfico e monográfico sobre a produção linguística brasileira.

    Paralelamente, com o apoio do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Semiótica e Linguística Geral da USP, foi montada uma importante infra-estrutura de pesquisa: sala e mobiliário próprios; computadores, impressoras, leitora de microfilme. O Centro de Documentação em Historiografia da Linguística (CEDOCH) é hoje um centro complementar do Departamento de Linguística da FFLCH-USP e é especificamente no seu âmbito de atuação que o presente projeto foi desenvolvido.

   Em nível interno, no âmbito do Departamento de Linguística da USP, o CEDOCH tem abrigado um conjunto de pesquisas inter-relacionadas, sejam a título de iniciação científica, sejam a título de obtenção de títulos acadêmicos, que visam a um objetivo comum: a elaboração de uma historiografia da produção linguística do século XVI ao XX, com especial atenção àquelas que emergiram no âmbito das tradições descritivas ibéricas, a partir de um conjunto de princípios metodológicos compartilhados entre esta pesquisadora e seus alunos.

    Em nível externo, fora do âmbito estrito da USP, as atividades do CEDOCH deram origem a um grupo de trabalho ligado à ANPOLL (Associação Nacional de Pós Graduação em Letras e Linguística), o GT de Historiografia da Linguística Brasileira, desde 1995; outro ligado à ALFAL (Associação Latino Americana de Filologia e Linguística), a Comissão de Pesquisa em Historiografia Linguística Latino-Americana, desde 2000; e outro ligado à ABRALIN (Associação Brasileira de Linguística), desde 2008; além da associação com outros grupos temáticos organizados em outras instituições como o Oslo Project on Missionary Linguistics (cf. Zwartjes & Altman 2005) e, mais recentemente, a partir de 2006, com o Projeto LETERLING (Lexicón de términos lingüísticos), ligado ao Amsterdam Center of Language and Communication (ACLC), coordenado pelo Prof. Dr. Otto Zwartjes, da Universidade de Amsterdam.

Objetivos Gerais


O objetivo geral desta primeira fase do Projeto Documenta — a construção e disponibilização de corpora representativos da tradição gramatical ibérica em três tarefas principais:

a) construção de corpora eletrônicos, representativos das línguas que se desenvolveram em território brasileiro, corpora esses a serem disponibilizados pelo Centro de Documentação em Historiografia Linguística da FFLCH-USP; 

b) expansão gradual do escopo da documentação linguística a ser eletronicamente disponibilizada em duas direções: uma, em que buscaremos um corpus equivalente de gramáticas do português; outra, em que buscaremos um corpus equivalente de gramáticas do espanhol e/ou de outras línguas americanas, cujo registro se deu dentro da tradição descritiva portuguesa e espanhola;

c) contribuição para a preservação documental das línguas em foco, tanto aquela relativa à documentação linguística e ao tratamento dos dados registrados, quanto aquela relativa aos agentes, processos e problemas pertinentes à historiografia da sua produção metalinguística, via a edição on-line dos textos sob análise.

A fase 2 do Projeto Documenta, a ser implementada após a conclusão dos objetivos acima enumerados, prevê a elaboração de um dicionário histórico de metatermos gramaticais. Para isso desenvolveremos, no momento adequado, um subprojeto em separado.

 

Metodologia 

Periodização, principais delimitações e procedimentos

Periodização: 1500-1900

A tarefa de estabelecer o registro histórico de tradições descritivas definidas a partir de um critério geo-linguístico não é óbvia. No caso da América Latina, por exemplo, há um paradoxo inevitável em se buscar idéias e práticas linguísticas latino-americanas em um período anterior mesmo à existência de uma identidade latino-americana. Qualquer corpus da produção linguística das nações modernas emergentes, que se pretenda representativo, terá que lidar de forma aproximada com conceitos como unidade territorial, política, ou mesmo linguística. De qualquer maneira, os corpora de descrição gramatical que se pretende construir cobrem, em princípio, um período aproximado de quatro séculos: do ‘descobrimento’ dessas jovens nações, no século XVI, aos primeiros movimentos organizados de ‘independência’, no século XIX.

E não por acaso. Foi neste período que se deram duas das grandes ‘revoluções ecolinguísticas’, nos termos de Baggioni (1997), na história do pensamento linguístico ocidental moderno. A primeira, estimulada pela invenção da imprensa e pela competição dos vernáculos europeus com o latim, tanto na administração, quanto nos discursos literário, científico e religioso, o que favoreceu uma primeira grande redistribuição territorial das línguas. A segunda, já no século XIX, impulsionada pela emergência dos estados nacionais, aí inclusas as jovens nações americanas, o que favoreceu a homogeneização linguística, que passou a ser tão desejável quanto a unificação administrativa e política.

Do ponto de vista da periodização, portanto, a primeira base dos nossos dados será constituída por um conjunto representativo de textos que, do século XVI ao XIX, descreveram as línguas mais faladas em territórios que, em algum momento do seu processo de busca de individuação política e linguística, foram objeto de colonização européia, mais especificamente, ibérica.

 

Tradições linguísticas a serem documentadas: A tradição descritiva ibérica

Do ponto de vista das tradições descritivas a serem documentadas, os critérios de seleção são igualmente provisórios. Tentativamente, pretendemos, em um primeiro momento, circunscrever os corpora a serem registrados dentro do que aqui denominamos de tradição descritiva ibérica.

A produção gramatical do período dito renascentista se caracterizou, de maneira geral, pelos seguintes procedimentos ( cf. Swiggers 1997 e também Auroux 1992a e b):

a) pela procura de princípios ou regras, i.e., pela busca de regularidades nas variedades a serem descritas;
b) pela transferência do modelo gramatical latino — já parcialmente adaptado, por sua vez, da gramática grega — à descrição dos vernáculos, e readaptados, ainda uma vez, à descrição das chamadas línguas exóticas;
c) pela mesma estruturação atribuída à fonologia e à morfologia, que se completa pela descrição de uma rotina de uso da língua (usage).

As gramáticas das línguas ‘exóticas’, sejam americanas ou asiáticas, não constituíram exceção a esse cânone. Às regras de pronúncia das línguas, seguiam-se, com poucas variações, regras de declinação dos nomes, adjetivos e pronomes; regras de formação e conjugação de verbos e uma lista das ‘outras partes da oração’, via de regra constituída de preposições, advérbios, interjeições e conjunções (não serão retomados aqui os detalhes já desenvolvidos em Altman 1997a, 1997b, 1998a e 1998b). É compreensível, dada a natureza ágrafa das línguas sob descrição, que não tenha havido uma parte da gramática especificamente dedicada à etimologia. O estudo da palavra no contexto dessas gramáticas assumiu a feição de uma morfossintaxe e a sintaxe propriamente dita consistiu, freqüentemente, em uma prática cujas ‘regras’ se reduziam a hábitos de repetição, de ‘maneiras de dizer’ que era preciso memorizar.

Reconhecer no molde descrito nos parágrafos acima uma forma a partir da qual as gramáticas das línguas exóticas se produziram não deve implicar, entretanto, que havia, no período, um único ‘modelo latino’. É interessante notar neste sentido que, diferentemente de Portugal e Espanha, a linha de reflexão sobre a linguagem em boa parte da Europa, neste momento, ia na direção de uma gramática filosófica, escolástica, baseada na lógica - cf. inter alia os gramáticos-filósofos de Port Royal e, por exemplo, Francisco Sánchez de las Brozas (1523–1601), El Brocense, de leitura proibida, aliás, na Ibéria do final do século XVI (Zimmermann, ed. 1997: 14). Neste quadro de trabalho, como se sabe, a busca de ‘solução’ para a diversidade linguística se deu em outra direção. Aqui emergiram programas de investigação que propunham a construção de sistemas universais de comunicação (v. Eco 1995), ou a construção de teorias dos elementos comuns, universais a todas as línguas, para além do uso. Não houve espaço, nesta tradição, para a comparação linguística ‘empírica’, a não ser já ao final do século XX, quando a diversidade estrutural, intra-sistêmica, também foi considerada uma propriedade universal a todas as línguas (cf. o programa de investigação chomskyano dos ‘Princípios e Parâmetros’).

Embora a maior parte da produção gramatical do período tenha sido, pois, formada a partir de um mesmo ‘molde’, dito latino, é preciso levar em conta o fato de que os primeiros descritores, tanto das variedades nacionais européias, quanto das centenas de línguas com que se depararam ao longo dos séculos de ‘conquista’ e colonização, podiam não compartilhar exatamente da mesma formação, o que alteraria aspectos deste molde. Franciscanos, Dominicanos, Agostinianos e Jesuítas, embora todos a serviço da empresa colonial missionária, advinham de escolas e tradições descritivas relativamente distintas (cf. Zimmermann 2005, Zwartjes 2000, Zwartjes & Hovdhaugen 2004, Zwartjes & Altman 2005), o que nos leva a circunscrever nosso levantamento, ao menos em um primeiro momento, às línguas descritas por gramáticos advindos das escolas peninsulares, ou espanholas, ou portuguesas, comprometidos, em princípio, com metodologias de análise linguística e pedagogia semelhantes.


Delimitações

Do ponto de vista das delimitações geo-linguísticas e temporais que balizam o presente projeto, pois, a base de dados a ser virtualmente montada e disponibilizada pelo CEDOCH, será constituída por um conjunto representativo de textos elaborados por gramáticos advindos da tradição descritiva ibérica que, ao longo dos séculos XVI, XVII, XVIII e XIX descreveram as línguas mais faladas em territórios que hoje se espalham pela América do Sul, Central, Ásia e parte da Europa. Todos materiais extremamente valiosos e de cuja localização e disponibilização é de interesse do Projeto Documenta.

Vale lembrar, entretanto, que novas delimitações precisarão ser feitas sobre este material potencial, ainda nesta fase preliminar.

Com efeito, a título de ilustração dessas dificuldades demarcadoras preliminares, tome-se como exemplo a produção linguística sul-americana dos primeiros séculos de colonização — para não mencionar aquela referente às línguas asiáticas: além do chinês, japonês, coreano, e as línguas Filipinas: tagalo, bisaya, ilocano, pampango, etc.. (cf. Ridruejo 2000), todas potencialmente de interesse para o presente projeto.

Embora os interesses das Américas Espanhola e Portuguesa fossem em grande parte coincidentes - teoricamente os mesmos, já que de 1580 a 1640 as duas coroas eram uma só sob o domínio espanhol ¾ a produção linguística deste período, nas duas colônias, foi, além de heterogênea, bastante desigual em termos quantitativos. Das eventuais dezenas de línguas existentes em território português nos séculos XVI e XVII, só temos a descrição gramatical de duas delas: o Tupi antigo e o Kiriri, escritas em português (ressalvadas as devidas exceções em Anchieta). Já quanto à produção hispano-americana, só para o século XVI foram registrados 212 trabalhos. Desses, 30 sobre línguas sul-americanas; 27 sobre línguas da América Central e 155 sobre o México — sendo que o Náhuatl clássico, língua dos astecas do México central, foi a língua mais descrita, com 92 trabalhos. No século XVII, registram-se mais de 250 trabalhos sobre as mesmas línguas; no XVIII, 210 (Wonderly & Nida 1963: 117). Segundo McQuown (1976: 105) e Pottier (1983: 21), só entre 1524 e 1572, os franciscanos produziram mais de oitenta trabalhos — gramáticas, dicionários, catecismos, breviários, traduções — sobre o Náhuatl; dominicanos e agostinianos outros trinta, ainda só sobre o Náhuatl.

Mesmo circunscrevendo nossos critérios de seleção a partir da origem da formação do ‘lingüista’ descritor e mesmo que, por hipótese, nos limitássemos aos territórios que compreendem hoje a América Latina, ainda assim o material potencialmente de interesse para o projeto seria, neste momento, muito maior do que as condições de trabalho da equipe que ora assina a proposta. Nosso segundo critério de delimitação do material a ser inicialmente tratado pelo presente projeto será, dessa maneira, o conhecimento linguístico prévio que detêm os membros da equipe inicial do projeto (Gimenes 1999, 2005; Coelho 1998, 2003; Batista 2002; Tashiro 2003; Altman 1997a, 1997b, 1998a, 1998b, 1999, 2001, 2003a, 2003b, 2005a, 2005b).

Neste sentido, de todo o material linguístico virtualmente compreendido dentro da tradição descritiva ibérica, propomo-nos, nesta primeira fase do projeto, a selecionar, catalogar, organizar, digitalizar e disponibilizar gramáticas tratem do Português, do Tupi, do Guarani, do Kimbundo, do Quéchua e do Japonês.

 

Procedimentos gerais

Ainda a título de abordagem preliminar, e tendo em vista os objetivos elencados para o trabalho, pretende-se fixar as primeiras edições das gramáticas pertencentes às tradições linguísticas em foco, principalmente aquelas produzidas pelos ‘lingüistas-missionários’ do período, embora não esteja descartada a possibilidade de incluir edições posteriores dessas gramáticas, dado que poderá haver variações pertinentes entre elas. Mesmo porque, em termos ideais, de quanto mais versões de um mesmo documento puder o CEDOCH dispor, melhor, no que diz respeito à sua vocação de centro de documentação, facilitador de materiais para a pesquisa linguística.

É nossa intenção tornar esse conjunto de textos acessíveis a um público de pesquisadores mais amplo através da sua divulgação em um suporte apropriado, seja em CD-ROM, seja pela internet, respeitados os devidos direitos autorais, editoriais, ou patrimoniais. Para efeitos desta pesquisa, de finalidade estritamente acadêmica, acredita-se que não haverá empecilhos para a utilização dos textos que se têm em mente, mesmo daqueles, eventualmente, de acessibilidade mais restrita. O CEDOCH já é o depositário de um pequeno acervo microfilmado de textos nas línguas de que aqui se trata, remanescentes, até onde pudemos verificar, da coleção Plínio Ayrosa1(1895-1961), cuja origem, natureza e representatividade será preciso ainda determinar.

Será preciso definir, ainda nesta primeira fase, quais dos textos que constituirão o corpus poderão ser disponibilizados, para quais haverá a necessidade de obter concessões especiais para sua reprodução e difusão eletrônica; quais já estão disponíveis on-line; quais poderão ter acesso irrestrito e quais deverão permanecer de uso restrito, se for o caso.

Está igualmente prevista a disponibilização desses textos em imagem e em RTF. Os tipos de softwares a serem utilizados para a transcrição e digitalização do material selecionado, assim como aqueles que servirão para o tratamento dos textos enquanto imagem serão definidos pela equipe assim que for completada a localização dos documentos já levantados.

A segunda tarefa preparatória para análise será a montagem de uma rede léxica que permita a exploração sistemática da base de textos quanto aos seus modos de representação metalinguística. Previmos para esta primeira fase a construção de dois subconjuntos vocabulares que contextualizarão as obras a serem disponibilizadas:

a) um, em que se pretende reunir, da forma mais sistemática possível, dados sobre os processos de produção da obra em questão: autor, título (e variações), datação, língua descritora, autores citados, obras citadas;
b) outro, em que se pretende reunir, também da forma mais sistemática possível, dados sobre os processos de recepção da obra em questão: compilador, organizador, ou adaptador, no. de edições, localização das edições;
c) um terceiro, constituído especificamente de dados externos sobre as línguas objeto de descrição da obra em questão, assim como as designações a elas associadas e o estatuto a elas atribuído; se língua, variedade de língua, língua matriz, dialeto, etc...
O número de termos constituintes de cada um dos subconjuntos vocabulares que comporá esta rede léxica dependerá de um pré-levantamento a ser efetuado sobre uma amostra de textos de cada tradição linguística. Uma vez estabelecidos, será aplicado sobre a base de textos um buscador eletrônico que permita identificar, em cada texto:
— as fontes mencionadas
— os autores citados
— as designações das línguas-objeto.

O resultado esperado é a montagem de um banco de textos representativos da tradição descritiva ibérica, no que diz respeito às línguas Português, Tupi, Guarani, Kimbundo, Quéchua e Japonês, devidamente contextualizados quanto às suas condições de produção e recepção, disponibilizados para pesquisa posterior e devidamente preservados em seu sentido histórico.


1 Identificados até o momento: Caderno de vocábulus de linguoa geral, munto nessessario para com brevidade de aprender (mcr. 18,19); Phrases e vocábulos do Aba-ñêênga Guarany (mcr. 12); Guarani Language (Estracts from Hist. del Paraguai. Rio de la Plata, Tucumán por el P. Guevara) (mcr. 6); Observaciones Gramaticales sobre el Idioma Guarani (mcr.6); Numero de voces en Guaranis distintas de cada letra (Copied from a paper written by Benghopey?, London, Nov. 1853) (mcr. 6); Linguae Guarani Grammatica Hispania a Reverendo Padre Jesuita Paulo Restivo secundum libros (o Tratado das Particulas da lingua guarani e o breve Apéndice à los Adverbios) (mcr. 6); Linguae Guarani Grammatica Hispania (Partículas da Língua Guarani) (mcr. 6); Dicionário da língua falada por índios do Brasil, contando no fim vários textos principalmente do catecismo escrito na mesma língua. (man. 569v.); Phrases e vocábulos do Aba-ñêênga Guarany; Christomathia da Lingua Brazilica p.1 (Vocabulário); Gramática da língua geral do Brasil (com hum dicionário dos vocábulos mais uzuaes para a inteligência da dita língua)


 

Equipe

    Os professores pesquisadores responsáveis pelo Projeto Documenta, assim como seus orientandos de iniciação científica, mestrado e doutorado, pertencem aos Departamentos de Letras da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Ao longo das suas diversas fases, entretanto, o Projeto Documenta pôde contar com colaboradores ad hoc de outras unidades da USP e/ou de outras instituições. Foram eles: Alvaro Heiji Muyazawa (IME/USP); Beatriz Protti Christino (USP/ DAAD-CNPq); Saul Gomes Jr. (Pós-Graduando FFLCH/USP); Alessandra Cirrincione (Pós-Graduanda FFLCH/USP); Marta Batista O. Antezana (Pós-Graduanda FFLCH/USP); Ronaldo Teixeira Martins (Universidade Presbiteriana Mackenzie) e Bruno Ribeiro de Lima (Universidade Presbiteriana Mackenzie).

2007

Pesquisadores:

Cristina Altman (coordenadora.)
Olga Ferreira Coelho (vice-coordenadora)
Alvaro Heiji Muyazawa
Silvana Gurgel
Fernando Macena
Roberta Ragi

 

 

 

Estagiários:

Bianca Regina Fraga
Bruno Ribeiro de Lima
Fernanda Belarmino da Silva
Julia de Crudis Rodrigues
Patricia de Souza Borges
Paulo Victor Pivaro Monteiro
Renan Bernardes Viani
Renata Fernandes Silveira
Stela Maris D. Gabriel Danna
Thiago Muniz Garcia
Vitória Cortez Cohn

 

2008

Pesquisadores:

Cristina Altman (coordenadora)
Olga Ferreira Coelho (vice-coordenadora)
Alvaro Heiji Muyazawa
Elisa Tashiro
Silvana Gurgel
Fernando Macena
Roberta Ragi​​​​​​

Estagiários:

Alexandre Magno Rodrigues de Oliveira
Claudio Yoshinori Sonoda
Julia de Crudis Rodrigues
Patricia de Souza Borges
Renan Bernardes Viani
Stela Maris D. Gabriel Danna
Vitória Cortez Cohn

 

2009

Pesquisadores:

Cristina Altman (coordenadora)
Olga Ferreira Coelho (vice-coordenadora)
Elisa Tashiro
Roberta Ragi
Julia de Crudis Rodrigues
Patricia de Souza Borges
Stela Maris D. Gabriel Danna
Renan Bernardes Viani

Pesquisadora convidada:

Ulrike Mühlschlegel (Instituto Iberoamericano de Berlin)

 

 

 

 

 


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Fichas Descritivas

Ficha Descritiva 1

"Arte de Gramática da Língua mais usada na costa do Brasil"José de Anchieta

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Ficha Descritiva 2

"Arte da lingva brasilica" - P. Luis Figueira, S. J. 

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Ficha Descritiva 3

"Dicionário Português-Brasiliano (DPB)"Ayrosa 1934 [1795]

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Ficha Descritiva 4

"Vocabulário na Língua Brasílica (VLB)" -  Ayrosa 1938 [Anônimo 1622] 

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Ficha Descritiva 5

(Códice 69 Coimbra) "Gramática da Lingua Geral do Brazil com hum Diccionario dos vocabulos mais uzuaes para a intelligencia da dita Lingua." - [Anônimo 1750]

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Ficha Descritiva 6

"Diccionario da lingua tupy"Dias, Antônio Gonçalves

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Ficha Descritiva 7

"Compendio da Lingua Brazilica para Uso dos que a ella se quizerem dedicar"Faria, Francisco Raimundo Correa de

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Ficha Descritiva 8

"Notas sobre a lingua geral ou tupí moderno do Amazonas"Hartt, Charles Frederick

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Ficha Descritiva 9

"O Selvagem"Magalhães, José Vieira Couto de

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Ficha Descritiva 10

"Grammatica da Lingua Brasileira (Brasilica, Tupi, ou Nheêngatú)"Sympson, Pedro Luiz

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Referências bibliográficas 

 
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Altman, Cristina. 1998a. “South American Missionaries and the Components of a Descriptive Grammar”. Texto proferido na Reunião Anual da North American Association for the History of the Language Sciences (NAAHoLS), conjuntamente com a Reunião Anual da Linguistic Society of America (LSA), realizado em Nova Iorque, Estados Unidos, de 8 a 11 de janeiro de 1998.

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Altman, Cristina 2005a. "A emergência do sintagma nominal na tradição americanista brasileira." Projeto de documentação linguística e historiográfica. CNPq, bolsa PC, a vigir a partir de março de 2006.

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Coelho, Olga Ferreira. 1998. Serafim da Silva Neto (1917-1960) e a filologia brasileira. Um ensaio historiográfico sobre o papel da liderança na formação de um paradigma. Dissertação de Mestrado. São Paulo: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo.

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McQuown, Norman A. 1976. “American Indian linguistics in New Spain” in American Indian Languages and American Linguistics. Papers of the Second Golden Anniversary Symposium of the Linguistic Society of America, held at the University of California, Berkeley, on November 8-9, 1974 ed. por Wallace L. Chafe, 105-133. Lisse: The Peter de Ridder Press.

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Tashiro, Eliza. 2003. Documentação Missionária e Tradição Autóctone sobre a Língua Japonesa: Padrões em Língua e Padrões em Historiografia Lingüística. Tese de Doutorado. São Paulo: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo.

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Zwartjes, Otto & Cristina Altman, eds. 2005. "Missionary Linguistics II/ Lingüística Misionera II." Orthography and Phonology. Amsterdam & Philadelphia: John Benjamins.

Zwartjes, Otto (ed.). 2000. Las Gramáticas Misioneras de Tradición Hispánica (siglos XVI-XVII). Amsterdam: Rodopi. 

Zwartjes, Otto & Even Hovdhaugen, eds. 2004. Missionary Linguistics I/ Lingüística Misionera I. Amsterdam & Philadelphia: John Benjamins.

Zwartjes, Otto & Cristina Altman, eds. 2005. Missionary Linguistics II/ Lingüística Misionera II. Orthography and Phonology. Amsterdam & Philadelphia: John Benjamins.

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Agradecimentos

CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-

Departamento de Linguística - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
da Universidade de São Paulo

IEB - Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo