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Projeto Documenta: FICHA DESCRITIVA 007
"Compendio da Lingua Brazilica para Uso dos que a ella se quizerem dedicar"
Faria, Francisco Raimundo Correa de
Acesso ao texto
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Documenta (PDF)
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Nome do autor
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Francisco Raimundo Corrêa de Faria
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Datas do autor
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?-?
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Biografia
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O Cel. reformado do exército Francisco Raimundo de Corrêa de Faria foi comandante, em 1842, do Forte de Marabitanas, no Alto Rio Negro, onde aprendeu a Língua Geral para comunicar-se com os índios que trabalhavam nas obras militares. Assumiu a cadeira de Língua Geral no seminário de Belém, sendo seu segundo e último regente. Faria é, ainda, o autor do inédito Diccionário completo da língua túpyca, cujos originais estão perdidos. (Bessa Freire 2004a: 13; Faria 1858, Prefácio: I)
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Título original
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Compendio da Lingua Brazilica para Uso dos que a ella se quizerem dedicar
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Outro(s) título(s)
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Elaborado, Compilado e Offerecido ao Exmo. E Rvmo. Senr. D. Joze Affonço de Moraes Torres, bispo resignatario desta Provincia, por F.R.C. de F. Coronel Reformado do Exercito, Lente da respectiva Cadeira no Seminario Episcopal por Mercê Imperial.
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Tipo da obra
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Gramática pedagógica
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Dados da 1a edição
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1858, publicado pela Typ. de Santos & Filhos
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Século
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XIX
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Edição consultada
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1858
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Descrição da edição consultada
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Brochura impressa em 28pp. Folha de rosto (1p); Dedicatória [ao Bispo da diocese do Pará, Dom José Afonso Morais Torres, criador da Cadeira de Língua Indígena Brasílica no Seminário do Pará] (1p); Prefação (pp.I-III); Compendio (pp.1-28).
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Difusão
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Circulou nas cidades de Belém e Manaus na segunda metade do século XIX como auxiliar da ação missionária, militar, administrativa e pedagógica (Bessa Freire 2004a:13)
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Língua(s) descrita
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Língua geral falada no Pará e alto Amazonas
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Língua descritora
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Português
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Estrutura geral da gramática
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Capítulo 1º.: Do seu Alphabeto e Diptongos. (1-2); Capítulo 2º.: Das partes da Oração. (3-13); Capítulo 3º.: Dos Pronomes. (14-15); Capítulo 4º.: Dos Verbos. (15-21) Capítulo 5º.: Das Posposições. (21-22); Capítulo 6º.: Do Adverbio. (22-23); Capítulo 7º.: Da Interjeição. (23); Capítulo 8º.: Da Conjunçaõ. (23); Capítulo 9º.: Das Dicções. (23-24); Capítulo 10º.: Da Syntaxe. (24-27); Capítulo 11º.: Da collocação das partes da oração (27-28); Capítulo 12º.: Syllabas. (28).
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Objetivo do autor
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Escreveu a gramática para o ensino da língua geral aos seminaristas da Diocese do Pará, onde foi professor.
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Contribuição da obra/ influências
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O compêndio gramatical de Faria teve como ponto de partida o Vocabulário da Língua Indígena Geral para o uso do Seminário Episcopal do Pará, precedido de um esboço gramatical, do Pe. Manoel Justiniano Seixas (Belém, 1853, apud Bessa Freire 2004a:13; cf. também Faria 1858, Prefácio: I). Observe-se, ainda, o comentário que lhe dedicou Hartt 1937[1872]: 309): “O Coronel Faria, de Óbidos, publicou em 1858 um folheto de 28 pp., intitulado Compêndio da Língua Brasileira, escrito para uso do mesmo Seminário; mas é curioso que se baseie num dialeto falado no alto Rio-Negro, muito diferente da Língua geral, como é pròpriamente chamada, e não intelegível (sic) no Amazonas. Êsse compêndio, inseguro sob vários respeitos, mostra, contudo, que aquêle dialécto conserva algumas formas importantes da estrutura do velho Tupí, do tempo em que se tornou absoluto no Amazonas.”
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Partes do discurso
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Para Faria (1858:3), “Dez sao as partes da oraçao; a saber: Nome, Pronome, Verbo, Participio, Preposiçao, Adverbio, Intergeiçao, Conjuncçao, Dicçao e Artigo.” Embora siga Figueira 1687 de perto em múltiplos aspectos, e julgue “... desnecessaria a definição de todas as partes da oraçao por me persuadir que só farao uzo deste Compendio aquelles, que já tiverem noçoes Grammaticaes.” (Faria 1858: prefacio III), Faria acrescenta mais duas categorias ao tradicional elenco de oito partes: a ‘dicção’, sobre a qual apenas afirma que: “Algumas dicçoes ha, que sós por si nada significao; mas que juntas a algumas partes da oraçao lhes dao sentido differente.” (FAR, 1858: 23), e o ‘artigo’, cuja especificidade em relação aos pronomes não esclarece e em cujos exemplos retoma Figueira 1685, literalmente: “Estes pronomes e artigos correspondem aos pronomes seguintes. Eu, tu, elle; nós, vós, elles. Ixê, indé, i; iandé ou ore, peé, i. 1.º artigo. A, eré, o; ia ou orò, pe, o. 2.º [artigo] Ai, erei, oi; iai ou oroi, pei, oi.” (FAR, 1858: 15)
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Inovação conceptual/ terminológica
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Faria 1858 retomou a tradição jesuítica, principalmente Figueira 1685, com algumas variações, nem sempre consistentes.
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Palavras-chave
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Alfabeto indígena, Artigo, Aspiração, Brasil-imperial, Cadeira de Língua Indígena, Conjunção, Desinência verbal, Dialeto, Ditongo singelo, Ferir, I longo, Incremento, Letra Y, Língua-geral-amazônica, Língua Brasílica, Língua silábica, Luís Figueira, Nome absoluto, Nome adjetivo, Nome positivo, Nome possessivo, Nome substantivo, Nome verbal, Numeral, Pará, Rio Negro, Séries do ditongo, Sílaba, Verbo absoluto, Verbo de movimento, Verbo neutro, Verbo passivo, Verbo de quietação, Vogal singela
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Bibliografia
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Autor da ficha
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Renan B. Viani e Cristina Altman
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Francisco Raimundo Corrêa de Faria
XIX
Alfabeto indígena, Artigo, Aspiração, Brasil-imperial, Cadeira de Língua Indígena, Conjunção, Desinência verbal, Dialeto, Ditongo singelo, Ferir, I longo, Incremento, Letra Y, Língua-geral-amazônica, Língua Brasílica, Língua silábica, Luís Figueira, Nome absoluto, Nome adjetivo, Nome positivo, Nome possessivo, Nome substantivo, Nome verbal, Numeral, Pará, Rio Negro, Séries do ditongo, Sílaba, Verbo absoluto, Verbo de movimento, Verbo neutro, Verbo passivo, Verbo de quietação, Vogal singela.